Love, love look what you’ve done to my heart…

domingo, 11 de dezembro de 2011

Oh, eu quis dizer isso...

E eu que só queria receber seus abraços e cuidados.
Eu que sempre procurei estar ao seu  lado em seus dias bons e ruins.
Me doei tanto que já não sei em que ponto eu fiz do seu sorriso a minha prioridade.


Tão cansada da vida, das coisas e das pessoas.
Só queria te ouvir dizer novamente que faria o possível e o impossível por mim.
Mas isso já está tão distante.


Seu amor me desgasta. Seu amor e seu orgulho idiota que te torna sempre a vítima no conto em que eu sou sempre a errada.
Tantas cobranças e nenhum elogio... Tá me sangrando. Me matando, me diminuindo a um ponto em que eu já não me enxergo.


Não reconheço essa pessoa que você me tornou.
Tão fraca e insegura, com tantos medos e assombrações.
Você que deveria ser meu porto-seguro, se tornou a minha maior fraqueza.


Mas há algo errado.
Me doei tanto e acabei não recebendo muita coisa.
A balança ficou desequilibrada, consegue ver?


Tá um vazio tão grande e dolorido aqui dentro.


Naquela noite, eu chorei, e já não me envergonho de dizer isso.
Chorei bastante e alto o suficiente para que você pudesse ouvir e quem sabe sair correndo para acalentar a minha tristeza.
Mas então minhas lágrimas secaram ao vento da noite fria e doente. Esperei em vão.


E agora, mesmo estando com os pedaços de quem eu costumava ser jogados dentro de um buraco cheio de espinhos, você ainda consegue fazer com que eu seja a única culpada. A vilã.


Sinto-me tão menosprezada, como consegue fazer isso comigo?
Quando foi que se tornou burro o suficiente para desprezar tudo o que tenho a te oferecer me fazendo sangrar tanto?
Quando foi que parou de me enxergar?


Mas sou realmente a única culpada.
Errei ao deixar estampado todo o amor que venho carregando aqui dentro.
Quando te fiz forte e seguro o suficiente para acreditar que eu sempre estaria aqui, não importando o que fizesse, sempre aqui. Sempre...


E agora você está aí se doendo atoa.
Me transferindo uma culpa que não existe.
Me deixando de lado mais uma vez. 
O segundo plano, que é só para não perder o hábito.


Esse seu enorme complexo de inferioridade que o faz pensar que todos estão sempre contra  ti.
Que não o deixa sair da defensiva. 
Esqueces que não és o único a sofrer.


Como pode não ver o que vem fazendo a mim?
Custa deixar o orgulho de lado e tentar olhar ao redor?
Você me joga para tão longe que as vezes penso seriamente em não mais voltar.


Às vezes tento com toda a minha vontade te deixar de lado. Parar de me importar com quem não quer ser importante.
E é quando vejo que não posso, não há nada que me faça deixar de te amar mais e a cada dia mais.
E então o que resta é continuar calando as minhas mágoas aqui dentro.


Me destruindo lentamente, porque alguma coisa maior e mais forte continua me prendendo a ti.
Me trazendo de volta sempre que você me joga tão longe que fica difícil voltar sozinha.




...Meus olhos inchados de chorar 
já não conseguem sorrir ao te ver.

domingo, 6 de novembro de 2011

Juro que dessa vez, só dessa vez, 
Pensei que não teria que voltar aqui para poder de alguma forma
aliviar toda a minha dor...

sábado, 1 de outubro de 2011

Hoje é só mais um daqueles dias em que até o ato de respirar mata-me um pouco mais...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

... E aqui dentro tudo desaba mais uma vez.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Azul

Eu gosto de ti. E gosto de verdade.
E entristeço-me quando penso o quão idiota e chata sou.
E que a qualquer momento você pode cansar e ir para casa.
E tenho medo de ficar sentada ali sozinha.
Gosto, mas não sei como.
Não sei como gostar.
Nem dizer.
Nem mostrar.
Nem nada.
Tá tudo voltando...
Minha doença e remédio.
Você poderia ficar um pouco mais?
Pra mais um cigarro quem sabe...ou só por mais uma canção.
Qualquer coisa do tipo.
Só fique. Espere. Me leve. Me lave. Me tenha.
Porque dessa vez, só dessa vez, eu quero que seja de verdade.
Me encontre naquele velho banco.

"Eu estarei lá assim que eu puder
Mas estou ocupado
ConsertandoPedaços da vida que eu tinha antes"
[Muse]




domingo, 8 de maio de 2011

Cansei de ficar guardando meu tempo livre para pessoas que nem ao menos conseguem sentir minha falta.
Acho que já deu de ficar na internet tentando ser importante para alguém que parece já ter cansado.
Cansado de mim, minhas loucuras e desejos.
Meu jeito estranho e confuso de ser.
Ele cansou, eu também.
Então é assim que ficamos: não ficamos.
Sem nada, sem adeus nem tchau.
Apenas um silêncio que já não dói tanto como em noites passadas.
Mas que ainda deixa uma saudade bem leve e que me faz ter a certeza do fim.
Quase duas décadas, já não dar de ficar brincando de viver, de ter amigos e de sentir.
Chega de tanto ensaio, o ponto é botar todo o aprendizado em prática.
Vida real, amigos reais e amores que possam me olhar nos olhos e me acompanhar até em casa.
Enquanto ainda não posso abraçar bem forte todos aqueles lindos a quem tanto amo, o jeito é ir vivendo daqui.
Vivendo bem e feliz.
Sendo.



segunda-feira, 25 de abril de 2011



Ainda não estou habituada a te precisar e não te ter. Preciso aprender a guardar algumas necessidades aqui, só para mim. Preciso aprender a tê-las e a não sacia-las. Ainda muito me é estranho ter essa vontade tamanha de falar de tudo e nada contigo. Só contigo e ninguém mais. E ninguém nunca mais.

Necessidade

Mais uma carta ao eterno.

Hoje,
O que mais incomoda é essa certeza de que nunca esquecerei. De que nunca superarei. De que nunca estarei completa novamente. Fora isso, sigo bem, sigo viva. Vazia, mas viva. Incompleta. Não se trata mais de estar em milhares de pedaços, é apenas questão de estar totalmente inteira novamente, faltando apenas um único pedaço. Pedaço pequeno, quase inexistente, mas que sem ele faz todo o resto parecer inútil. Qualquer coisa sem valor. O que mata é ver todos os dias, todas as tentativas descerem pelo ralo abaixo. Cada dia que passa aumenta ainda mais essa certeza que nunca mais encontrarei esse pedacinho que falta. Essa coisinha que tanto me perturba. Me adoece. Hoje, esses tempos, esses dias eu vi morrer mais uma vez essa tentativa. Esse alguém que nunca chega. Esses milhares de alguém que encontro mas que nunca será bom o bastante quanto és. Ouço Muse, ouço Unintended, me ouço...Mesmo não querendo, mesmo sempre sabendo do fim, lá no fundo, nos sonhos eu ainda me permiti errar: "Acreditei que você sempre estaria aqui".


"Eu estava chamando seu nome
Mas você nunca me ouviria cantar
Você não me deixaria começar
Então eu estou rastejando para longe
Porque você patiu meu coração em dois
Não, eu não vou te esquecer"



sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mais uma carta ao eterno.

Querido Oli, hoje estive pensando em nós.


Os dias são cheios e quentes, me enchem de esperanças. As noites me desanimam. As pessoas e coisas me desanimam. E tudo, tudo, todos, tudo e todos só me fazem aumentar a saudade e o vazio que ficou aqui depois da sua partida.
 Às vezes eu sinto falta da sua proteção. E suas mãos... A direção. Ando sem rumo. Sempre indo e vindo. Acho que estou doente, não sei, mas tenho a impressão que respirar e enxergar está cada vez mais difícil. Penso que minha vida se tornou meio que alguma canção sem fim. Aquela cheia de dor e vazio e tédio e tristeza e desanimo e decepções e partidas e sorrisos e abraços e chuva, muita chuva. Isso ou qualquer coisa do tipo. Me alegro ao saber que continuas tão bem e bom quanto antes. 
Volte logo, ou não volte... Agora também já tanto faz.
Já não mudaria nada.
Aqui só há solidão e doenças, então é bom que fique por aí mesmo, preserve-se assim: bem e bom.
Só quero que saiba de algo:
Eu sinto sua falta, sabe?
E sim, eu te amei, te amei o bastante para deixa-lo ir embora.
Só fique bem e tudo terá valido a pena.


Com carinho,

Sua A.L.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tenha dó


Isso não é amor.
Perdão, não me entenda mal,
mas não posso mais ficar ouvindo você culpar o amor por todas suas dores.
Isso é feio, é mesquinho, é egoísta,
assim como você.
Isso é desespero, é burrice.
Ou como diz a minha sábia avó:
Hoje em dia todo mundo ama demais,
e no fim esses coitados nem sabem o que realmente é amar.
Então por favor, pare com essa sua mania feia de ‘amar demais’.
Pare de ficar me cansando com essa sua conversinha fiada de que está amando,
de que está sofrendo por amor, de que fez tudo em nome do amor.
Oras o amor não lhe pede nada,
então já não cabe você ficar relatando sua lista de doações.
Muda o texto, procura outro palco e outra platéia.
Essa sua imensa necessidade de ficar se doendo por uma coisa que não existe
está pior do que novela mexicana.
É assustador ter que presenciar essa sua busca incessante por algo.
Quando ‘ama’ reclama.
Quando não ‘ama’ reclama.
Sofre, sempre sofre.
E eu até sei que é um sofrimento real.
Mas francamente, é burrice sofrer tanto.
E pare logo com isso de ficar nos pontos com da vida
dizendo que o amor só ferra com sua vida.
Não é justo. Não é certo.
Não é verdade.
E você sabe.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Apelo.

Deus, só Tu és grande e poderoso o bastante para poder transformar essa tempestade, que há tanto me destrói, em uma linda chuva de verão.
E eu, já não posso fazer nada além de crê que um dia Tu resolverás curar meus cânceres.
Estou no chão, apenas esperando o momento final, mas ainda acreditando que uma hora a Tua luz me acudirá.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os pedaços já não encaixam.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sós.

Veja, é justamente disso que eu falava. Isso que eu temia.
Toda essa distância que nos toma.
E assim ficamos. Sem palavras, sem sons, sem nada.
E eu tentei tanto evitar qualquer tipo de aproximação e amarras.
Eu sempre soube, sempre, desde que você disse Olá. Sempre soube.
Ainda assim, mesmo já sabendo e conhecendo muito bem esse nosso fim, eu arrisque.
Insisti. Sou tão culpada.
Essa sua incapacidade de não me enxergar me destrói lentamente. Destrói tudo aquilo que construímos e planejamos.
E eu sei que eu também te traio. Me traio. Te machuco. Ah [...] se você ao menos soubesse que essa frieza e excesso de educação é apenas uma forma de não te deixar ver o quanto eu sofro, o quanto eu temo. E eu temo tanto Meu Bem. Por mim, por ti, por Nós.
É isso que temo. Toda essa distância. Temo essa minha incompatibilidade com relacionamentos. Esse meu não saber amar, mesmo amando tanto.
Temo que mesmo depois de tantas declarações e olhares e canções e lágrimas e desejo e medo a gente termine assim, sozinhos.
E você não percebe que mesmo depois de termos gritado nosso amor, ainda estamos sozinhos. Sempre sozinhos. Distantes e vazios.
Eu arrisquei.
Sou tão culpada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Simples assim


Ele sorriu de volta, então a música voltou a tocar.

quarta-feira, 23 de março de 2011


Quando eu era feliz...


Hoje o corpo enfermo sofre os mais cruéis e agudos mal tratos dessa dor vadia.

segunda-feira, 21 de março de 2011

"




Baby, eu estou tão assustado por dentro e eu realmente não entendo."

Ela


Perdidas no tempo e lugar.
Separadas e unidas ao acaso.
Como está agora?
O que tem comido, vestido e sentido?
Não sei o que dizer.
Não sei ir além daquelas velhas palavras.
Eu sinto sua falta.
Sua falta.






é triste perceber que o 'nós' nunca existirá para nós.
Ju

Longe das lágrimas, hoje o coração aperta só para me lembrar que ainda estou viva.

Para Th


Hoje Calcanhotto dói na alma.
E eu queria tuas palavras mais uma vez.

Deixa


Você quer a verdade benzinho?
Okay, a verdade...
A verdade é que meu salto alto e o batom vermelho quer dizer que
 morro de medo de uma bela manhã me descobrir apaixonada por esse teu olhar
 e depois ver tuas mãos segurando outras mãos que não sejam as minhas.
Eis a verdade.


E assim eu vou te arrancando aos poucos.
Morrendo aos poucos...
..Para viver mais.


sábado, 12 de março de 2011

Já não nada a ser dito.
Creio que as palavras fugiram mais uma vez.
Assim como você...

E aqui dentro tudo ainda é tão intenso e verdadeiro.

Esse desejo de você, como sempre, só me atrasa...

Hoje, a vontade de você está gritando aos quatro cantos.

Quando é que vais perceber que eu te quero?
Eu te quero, e isso é sério, menino.

Um atraso, você é apenas um atraso.
Adeus, menino, adeus...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mellissa


Distante de todos e de tudo. Quando as lágrimas cessaram e a dor continuou. E as pessoas seguiram e você ficou. O doce ficou insosso e o sal fez mal. As nuvens chegaram mas não choveu. Nunca mais viu o sol. Nunca mais tomou banho de chuva. O dia de verão escureceu feito noite de inverno, mas fez calor, bastante calor, e você não pode aproveitar o céu vazio. Você foi obrigada a sumir. Ficou internada. Se tratou. Tentou ficar boa. Mas não aguentou a solidão do hospital vazio e triste. Fugiu de lá, voltou correndo para os braços daqueles que você tanto gosta e se preocupa. Correu até cansar e já não encontrou ninguém. O velho lugar sujo e abandonado. Tudo sem vida e cor. Doeu perceber que já não existem aqueles que você tanto sonhou um dia poder abraçar. -Mas hey, não vá embora pobre menina, não assim. Eu estou aqui, ainda toda empoeirada e quebrada. Mas ainda estou aqui. Sem forças para poder te levar nos braços, sem forças para ao menos estender a mão. Mas ainda aqui. Vai. Volta. Segue. Chora. Grita. Coma. Durma. Por que se você parar agora, exatamente agora, assim, tão sem vida. Então eu terei me enganado, e vai ser triste perceber que você não aquela que pensei que fosse. Então, Segue. E Volte. E Viva. Por que apesar da distância e doa tempo. Tua dor me entristece.

"Porque tudo [...] Tudo é um grande vazio "

Acabe a nós, apenas a nós, transformar nossa dor em alegria.

¥


Onde você está agora?
Eu preciso de você agora
Se você estivesse perto estaria tudo bem

sábado, 26 de fevereiro de 2011

|;|;|;...|;|...

Ai Bruno, também não faça tanto drama.
Isso é passageiro, só por hoje.
Você bem sabe, eu sou de dias.
E hoje, aquela velha preguiça de viver me olhou novamente.
Está certo, confesso, não tentei fugir. E daí?
Me pegou de jeito e com gosto, veio tirar o atraso, matar a saudade.
Estou quebrada de novo, feita em cacos no chão. Toda espatifada.
Mas é só por hoje.
Só por hoje a tristeza e lágrimas nos olhos.
Só por hoje esse cabelo de assustar e essa cara de chapada.
Amanhã o sorriso reinará novamente. Acredite nisso. Eu acredito.
E assim eu sigo na ânsia de algum dia conseguir preencher esse vazio que tanto me aflige. 


“Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta”. 
[Camille Claudel]


Agora, lá fora, algum animal selvagem e faminto, devora os pintinhos indefesos.

&


Choveu forte, as gotas d'água molharam todo o seu lindo e feliz rosto. Desfez a maquilagem. Borrou os olhos e lábios. Só restaram apenas manchas. Os olhos pareciam sangrar. Um sangue preto de toda a sombra e lápis e delineador que usura, como de costume. A boca vermelho-paixão não voltou a seduzir com seu sorriso exuberante e tentador. De repente, no meio da festa, da chuva, da canção, dos tragos de cigarros e goles de cerveja quente, ela cansou de fingir. Parou de acenar. Parou de falar. Apenas olhou as águas calmas do rio ao lado. Viu as gotas d'água cairem cada vez mais forte. Então dançou pela última vez a canção de seu mestre, amigo, amante. Dançou. E enquanto dançou, chorou, vomitou toda a dor e loucura que sempre lhe perseguiu os dias, até mesmo os mais felizes dos dias. Dançou e chorou aquela canção maldita mais que tanto amava. Aquela que havia sido sua perdição. Acalmava a sua mente doentia, anestesiava o corpo dolorido e enlouquecia a alma.  Era um preço alto a se pagar. Mas não havia outra solução. Havia? Não, não havia. Por um tempo, ela rodou todos os lugares, experimentou todas as drogas, ouviu todas as canções. Leu todas as palavras. Beijou o maior número possível de bocas. Tentou amar. Tentou ser amada. Tentou esquecer. Tentou o vestido e o chocolate. Mas nada, nada se comparava aquilo. Sim um preço alto, mas  preciso. Um alívio, um único segundo de alívio. Podia ser outra pessoa. Podia sentir outra pessoa. Sentia seu amigo-amado que tanto lhe fazia falta. Sentia chover dentro de si. Gritos, lágrimas, marcas... Tudo desabando e flutuando ao se redor e ela apenas dançou e chorou. Dançou enquanto as lágrimas se camuflaram entre as gotas d'água daquela chuva de  fevereiro.

The Cello Song

De repente ele. 
O som.
Os sons.
Os sentidos.
O vácuo que enche e transborda.
De repente.
Não mais que de repente.

Libra.


Esgotamento físico ou emocional requer descanso, mansidão, esportes suaves e algum tempo em isolamento, para dormir, meditar ou realinhar suas energias. Faça com que as pessoas que o amam entendam isso claramente. É seu direito e não abra mão!


Quando eu lhe dei tchau,


"Eu sabia que era chegado o momento
Para matar o passado e voltar à vida"
[GILMOUR, David]

"Like black holes in the sky..."

      Hoje eu pude entender que o problema não está na vida, na minha vida, nem nas pessoas e suas atitudes egoístas e medíocres. O problema está em mim. É em mim que habita essa coisa que não me deixa seguir sem olhar para traz. É  em mim que está essa vontade de voar nesse mar profundo e escuro. Essa coisa que não me deixa ser feliz com os sorrisos do presente sem lembrar das lágrimas do passado. E nem todas essas pessoas bonitas e legais que agora conheço, podem ocupar o vazio que os chatos e feios de outrora causaram em mim. Ainda vive em mim essa necessidade de precisar dos fantasmas. Esse louco hábito de me torturar com as canções de Ólafur, Adriana e Alanis.
     O dia está calmo e triste, e já ouço as ovelhas de Floyd me mandando brilhar.

Shine on you crazy diamond.

Então...


Tudo cai mais uma vez e você não está aqui. 
De repente, viver ficou tão pesado e sem graça.
 Eu queria tê-lo aqui comigo.
 Mas moço, você está tão distante.
 Não só o seu corpo, mas sua alma.
 E eu sinto sua falta. 
Sua falta...
E fico sem entender,
Se seu amor por mim é tão grande assim,
Por que eu não o sinto aqui comigo?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Da Mell

#



E como eu vou saber? Como vou ter a certeza do que sinto, do que sente...Como? Quando?
É tão estranho pensar nisso tudo. Pensar em nós.
Gosto do teu gosto, mas não sei se o meu gosto pode se misturar com o teu.
Não me vejo ao teu lado, mas não me vejo sem ti.
Nossas mãos não estão dadas, mas já não posso segurar nenhuma outra mão.
Não sei se já lhe falei, mas um outro defeito meu, é só ter a certeza do amor, quando ele já não está aqui.
E dessa vez, só dessa vez, eu não queria ter que te ver longe para poder entender o que realmente são essas borboletas no estômago e esse medo do teu olhar.
Queria te amar.
Te aproveitar.
Ter a certeza.
Mas sempre que tento, me perco entre a razão e os sentidos; as palavras e o silêncio.
Não tenho nem ao menos certeza da sinceridade de teu olhar e palavras.
Me acabo.
Me desperdiço.
Me estrago.

Resumo do dia, da alma, do coração e mente.


Queria que você estivesse aqui"



Close to me

"Se apenas eu tivesse certeza
Que a minha cabeça na porta era um sonho


...
Apenas tente fazer isso dar certo"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sunday


"Um tipo secreto de felicidade.
[Eu te amo pela amanhã]"

Bloc Party

"Não fique ofendido
Se eu parecer ausente
Só continue me dizendo os fatos
E continue me fazendo sorrir



...Este amor moderno me desperdiça"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Raein.



Hoje eu senti cansaço.
Cansaço e dor.
Muita dor.
Dor e cansaço.

Precisei falar com alguém.
Olhei a lista e ninguém me serviu.

Precisei desabafar.
Precisei de ti.
Precisei te dizer boa noite.

Você já foi embora há tempo.
Ouvi Ólafur.
Então toda a razão se foi.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quase sem querer

Estranho, mas eu voltei a sentir aquele aperto.
Satisfação é o que sinto. Ver que com todos os milhares de problemas eu ainda assim consegui tornar meus dias comuns e simples, em dias alegres transbordando de alegrias e felicidades.
Algumas dores de cabeça e o sorriso sempre no rosto.
Não sei, acho que minha alma anda apaixonada...
Venho suspirado.
E é uma paixão boa.
Não sei, a velha paixão pela vida e pelas pessoas e coisas renasceu.


Há um sorriso que vem me fazendo sorrir.
Há um olhar que me encanta.
Há uma distância que separa, mas não desanima.
Há uma pessoa, há outras milhares de pessoa.
Há livros e canções e calças e sapatos e meias e vestidos e chocolates,
Há chocolates!


Mas agora, apesar de alegria e do sorriso, meu coração se encolhe todo ao ouvir aquela velha canção...
E então meus olhos mudam e fico sem voz.
A dor aperta novamente e eu já não sei de mais nada.

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.
[Legião Urbana]

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Agora é assim...


A vida é hoje
E é com ou sem você
Espero demais
Vou fazer seu minuto, meu segundo
[GRAM]

...F E L I Z!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O meu querer é complicado demais.
Quero o que não se pode explicar aos normais...



[...]

Fecho os olhos, ouço Lilium e te sinto aqui mais uma vez. Quase posso tocá-lo.
Foi o nosso auge. 
Por tanto tempo esteve aqui, abandonada, jogada ao canto, empoeirada e sem voz.
Mas hoje ela toca. Toca tão linda e divinamente como em nossa época.
Fecho os olhos e te sinto a me olhar. Sinto-te olhando cada movimento dos meus olhos grandes e arregalados. É bom ter essa sensação. Sorrio sem deixar os dentes amostra.
Toda essa melancolia e tristeza contida nesses sons me fazem voltar no tempo e visualizar aquelas noites doentias, frias e vazias de fim de ano. Sem mais nada a ser dito, só ouvíamos Lilium, Lilium...
Foi o nosso melhor momento, nossos melhores dias, nossas melhores conversas, meus melhores sorrisos e sonhos.
Aquelas dias em que os olhos ainda brilhavam.
Eu me desfazia em lágrimas por qualquer palavra tua e morria só de pensar em viver o próximo dia sem ti.
Naquela época Lilium representava paz. Paz e beleza. Paz...
Hoje essa paz se transformou em alguma coisa que vai perfurando bem devagar e com cautela, cada pedacinho do meu coração já todo espatifado.
Uma saudade imensa e sem nome. Algo indescritível é isso que sinto essa noite.
Mesmo sem a paixão, mesmo com a distância e a certeza de que nunca voltará, isso de alguma forma ainda me retorce toda por dentro.
E agora as lágrimas já escorrem e sinto aquela dor que sentia sempre que brigávamos.
E eu não entendo, foi justamente por não agüentar mais sentir essa dor que decidi partir, mas ainda assim, hoje ela voltou à vida.
Quase um ano depois ela veio visitar-me. E é tudo tão confuso.
Tenho a sensação de que tudo é como antes.
É como se você ainda estivesse aqui.
E nada se compara a isso.
Já foram tantas lágrimas durante esse caminho, mas essas são diferentes.
E essa dor é diferente.
Essa saudade é diferente.

Hoje, tudo é diferente.
Porque hoje, de alguma forma inexplicável, você está aqui.
E temos aquelas mesmas velhas conversas.
Não falamos de nada e você me olha e rir, tenta me irritar, me deseja boa noite e pede que eu me cuide.
Porque você sabe, de alguma forma estranha e sem explicação, estamos ligados, e nada vai apagar o que houve, e nada voltará a ser como antes, porque de alguma forma estranha e sem explicação, estamos ligados. É hora de assumirmos.

Antes do fim



E agora eu te vejo indo embora nessa chuva fria e fina.
Você diz que já cansou, que não vê mais motivos para ficar.
Eu te vejo virando as costas, fazendo as malas.
Te vejo chegando em casa tarde da noite, sinto o cheiro de outras e você não cansa de gritar em minha cara que eu consegui estragar tudo, tudo.
Não cansa das acusações, não cansa de dizer o quanto sou fria e indiferente.
E diz que o fiz de idiota.
E essas palavras me quebram por dentro, mas por fora eu apenas te olho e te deixo ir.
Você espera que eu peça para ficar mais um pouco, espera que eu lhe fale de meu amor, e fale que meu mundo cairá em pedaços se você me deixar aqui sozinha.
E você espera palavras que não vem.
E sem dizer uma única palavra, sem demonstrar nenhum arrependimento, eu fumo um cigarro enquanto te vejo arrumar as malas.
Fico em silêncio e em meu olhar eu faço as maiores declarações de amor que alguém poderia fazer.
Mas você já virou as costas e não pode me ver chorar.
Eu quero pedir que fique, mas não sei como fazer.
E agora o peito dói tanto.
Choro em silêncio enquanto o cigarro termina.
Você sempre odiou meus cigarros.
O cigarro termina e então tomo fôlego.
Ajo.
- Espere até amanhã! Essa chuva pode lhe causar uma pneumonia, ou uma gripe que seja... Você sabe, eu lhe amo e odiaria lhe ver doente.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Assim vou eu,

... E meu reflexo me inquieta.



Vinte e nove.

Hoje é um daqueles dias bons.
Daqueles dias chuvosos e frios.
A gripe volta a incomodar e a chuva faz você sentir sono durante todo o dia.
A noite, mais negra do que todas as outras, hoje parece cansada.
Sem lua, sem estrelas, hoje só se ver a escuridão. O céu negro e vazio.
Apenas um buraco em nossa volta.
Tudo quieto demais, parado demais.
O silêncio toma conta.
Nas ruas só se ver as poças d’água formadas pela chuva tempestuosa de mais cedo.
Ouvem-se os sapos.
Ouve-se o vento.
Está tão gelado aqui fora.
Minha camisola branca dança no vento gelado desse céu negro e vazio.
Minhas mãos brincam com as gotas de chuvas que caem em uma quantidade mínima e as madeixas me caem sob o rosto.
Flutuo.
Flutuo feita a folha seca que cai da árvore.
Espirro.
Espirro e danço.
Espirro.
O coração é tomado pelos sussurros do silêncio.
O corpo dança no ritmo do vento.
Encho-me do sabor de terra molhada.
Suspiro.
E a canção acaba.

Nada mais.

Milhões zombam de mim. De minha dor. De minha insignificância. De minha mediocridade. Sempre zombaram...
E eu sempre disse ser indiferente. Acreditei ser superior. Agi como superior. Aniquilei todos aqueles que ousaram se desfazer de mim. Aqueles que um dia chamei de vermes. Os falsos. Os ratos. Os decompositores que se alimentaram de minha ruína e miséria.
Obtive paz durante alguns dias. Esqueci-me daqueles que sempre insistiram em me tirar a paz. Habituei-me a ausência deles, derrubei os muros de proteção, gritei minha dor sem medo dos risos repletos de egoísmo e ódio da platéia que me assistia.
E eis que de repente os ratos voltam - às vezes penso que eles nunca foram embora, apenas me permitiram alguns dias de sossego; Eles voltaram repletos de impiedade e destinados e me verem no chão.
Surpreendi-me com o retorno deles. Fiquei irritada. Desnorteada. Preparei-me para o combate outra vez. Quis destruí-los. Eis então que a razão e maturidade me bateram a porta. Abrir e eles me disseram para seguir, disseram-me que se eu continuasse a combater os vermes que insistem em me rodear eu acabaria me tornando uma ratazana como eles. Feito ratos brigando pelo pedaço de queijo apodrecido que se encontra no lixo. Eles tentando me tirar a paz, divertindo-se com a minha impaciência e eu sempre tentando-lhes provar da minha superioridade.
Resolvi ser indiferente aos ataques. Resolvi não atacar de volta. Mas não deu. Foi impossível ficar tranqüila e não sentir raiva. Continuei seguindo. Dessa vez eu fingi uma indiferença que não existia. Fingi uma tranqüilidade inexistente. Mas os ataques continuaram. Parece que farejaram no ar que eu só queria paz. E não satisfeitos, continuaram a atacar sem piedade. Tentaram me levar ao inferno. Mas ainda assim continuei seguindo.
E eu que sou tão pouca coisa não entendo o motivo de tanto sentimento ruim direcionado a mim. Uma vez, um colega me disse: - É sempre assim, os bons são sempre vítimas dos ruins. Ouvir isso me consolava, sempre que sofria um ataque lembrava-me dessa frase e tentava me sentir melhor.
Por algum tempo essa desculpa serviu-me de calmante. Mas hoje, ela já não é o suficiente. Caí na real e vi que não sou boa, não sou melhor e nunca fui. Então por que ainda assim eu continuo sendo atacada? Por que eles desperdiçam tanto tempo tentando me ferir, será que eles não vêem que já sofro o bastante? Talvez eles não tenham percebido que aquele sorriso não significa alegria, não representa a melhor vida possível. Ele é apenas um sorriso. Um desabafo. Uma esperança. Uma fé na vida, na natureza e nas pessoas.
Ah, as pessoas... São tão lindas, cheias de vida e brilho. Pena que elas não conseguem enxergar a beleza que as habitam. É triste ver tanta destruição. Rancor. Inveja. Ódio. Egoísmo e tristeza.
Elas se destroem e ainda se acham no direito de reclamar da infelicidade. Perdem tempo tentando causar a infelicidade alheia ao invés de se concentrarem na suas alegrias.
Ah, a humanidade me entristece...
Cada dia mais me custa acreditar nas pessoas. E se digo isso sou tachada de desumana. Sendo que a culpa não é minha se alguém esqueceu o que é realmente ser humano.
“Errar é humano”. Sim, errar é humano. Acontece que as pessoas só cultivam o lado negativo do que é Ser Humano.
Cansei de acreditar. Cansei de esperar. Eu só quero ficar em paz, em paz...
Aos vermes que se alimentam de minha miséria, só me resta sentir pena.
Pena e nada mais.