Love, love look what you’ve done to my heart…

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Anne pintada por Diego Costa

Toda beleza deve morrer...
Where the Wild Roses Grow , Nick Cave & The Bad Seeds feat.Kylie Minogue




Queria ter coragem de saber
O que me prende, o que me paralisa
Serão dois olhos negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa

É como se eu fosse pro Vietnã
Lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber
Quem é você...


Dois Olhos Negros, segundo Lenine. Cansada de chorar, você se olha no espelho e vê cacos de vidro, unidos, amalgamados pelo calor de algum forno industrial com temperatura próxima do sol ou do coração da terra, que une uma mistura de areia e laminados para refletir o que você batizou de "decomposição". Assim, esse objeto deveria se chamar amor, pois reflete no outro a nossa face.Mas, tem outro nome:  Isso se chama espelho, e prazer isto aqui se chama anne. É mais um dia na vida de Anne Franck.Ou melhor,Dayanne Mattos.


O que haveria de novo nisso?Seriam eles então, os olhos vermelhos da canção?...

 
Os velhos olhos vermelhos enganam, e dessa vez, parecem claros, frios, distantes, não tem nada a perder...

É você carrega um mundo nas costas, e a cidade nos pés.PANTAREI!Grita Heráclito...e tudo flui.Lembre se:Para os dialéticos,nunca dá para se mergulhar duas vezes no mesmo rio.O amor é rio.E é líquido para Zygmunt Baumann: Escapa,flui,se solidifica,e se evapora no ar.É a insustentável leveza do ser,de Milan Kundera: Tudo que é sólido se desmancha no ar,segundo Karl Marx.Esse é o sentido do sonho, do fetiche da mercadoria.Das fantasmagorias de Walter Benjamin.Da história resignificada de Nietzsche.É,ao que parece, nada é para sempre, então porque acreditar, se o para sempre sempre é diferente?Pra que se preocupar por tão pouco...Pra quê chorar, se amanhã, tudo muda de novo!

Parei de Pensar, e comecei a sentir....

E você sente, e muito. Cada célula do seu lindo corpo, a lágrima que cai em seu volumoso busto, os cabelos que se ensebam de suor, a maquiagem que se desfaz. O beijo de sua boca,cujo sabor nunca beijei. Esse corpo que sonho sexo, não conheceu o meu. Nunca nos contamos. Faz sentido. Tudo isso é sentidos, tudo isso é Anne. Anne que poderia ser outro nome para amor. Que se entrega, sem querer se entregar, que não pensa querendo pensar, que começou a sentir, antes mesmo de se descobrir sentindo. Não sou um moço adorável, sou apenas mais um que sabe o que é ser apaixonado e depois morrer. Mas dessa morte, se nasce de novo, para um novo sentir...

Nada como um dia após dia, uma noite, um mês... os velhos olhos vermelhos voltaram...de vez!

É se fosse tão fácil dizer isso, deixar o tempo passar, não doeria tanto, essa saudade que dilacera a carne, como o falcão que come o fígado de Prometeu. O seu crime foi ter roubado o fogo dos deuses,e deu aos humanos, algo que só deveria ser divino. O nosso é alimentar essa chama, e toda vez que se alimenta, um falcão mais tenebroso, chamado saudade, devora nosso coração. Quanta incompreensão, será que ninguém ouve os gritos noturnos? Talvez de cansar, de dar esse grito, se cale um sentido...e nesse silêncio uma semente se fez, plantada em corações dilacerados, mais uma vez...

Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas

É como se eu fosse um colegial
Diante da equação, o quadro giz
A curiosidade do aprendiz
Diante de Você...

Dois Olhos Negros! Isso parece mais um ensaio sentimental.E não uma reflexão, homenagens você não precisa de novo. Elas apenas decoram, o que já é conhecido. Não revela o novo, apenas desnuda o quadro que você conheceu...se acredita no que conhece. Às vezes as pessoas teimam em queimar as bruxas, sempre chamando-as de más, sem no entanto se perguntar: Quem é boa ou má: A bruxa ou as pessoas que a queimam?
Foi assim com Joana d'Arc.Toda aquela multidão, que um dia a seguia chamando de santa, agora estava lá, comemorando sua execução. O rei, a quem ela tanto dedicou amor, um fanatismo em forma de país, a França, a entregou sem nenhum remorso a seus inimigos. Ele já tinha conseguido o que queria, só eliminava um estorvo. Coisa para inglês ver: E eles estavam loucos para ver o churrasco daquela loura que só complicava o jogo político da Guerra dos Cem Anos, ou 116 anos, no calendário gregoriano.

O ocultismo, o vampirismo e o voodoo
O ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú
Os vários olhos da Medusa...

O que fazer num momento como esse?Não há muito o que fazer: Você está amarrada a um mastro de madeira, com vestes brancas, e o padre se recusa a lhe dar a benção por te achar pecadora sem se arrepender, ninguém ali ousará levantar um dedo para te salvar. O lenho já tá pronto. O óleo ou betume (petróleo bruto) é jogado para facilitar o trabalho "purficador" das chamas. O executor segura a tocha. Será São João em Roen hoje.
E querem sua cabeça numa bandeja de prata! E uma crucifixão para o os judeus e romanos de Ceaser! Viva rápido, morra jovem, e deixe um belo cadáver! Bem antes da juventude transviada, uma donzela de 19 anos seguia a risca esse lema...

É como se estivéssemos ali
Durante séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse aqui
No fim do corredor...

Dois olhos negros...Mas, você não vai deixar cadáver algum, depois das chamas para eles. Só haverá cinzas. E elas voarão por aí,com o vento. Vento que as levará para longe, talvez para o oceano como as gaivotas. Ou para sua terra natal, se ainda for chamada de lar, para poder descansar. Ou a um mundo novo, que só você conhecerá e não esses tolos homens.

Culpados por sonhar, é o mundo que virá a ti! Para mim!..
.
Dizem que só assim,a phoenix renasce. Eles não imaginam a surpresa que você deixou para eles: O seu coração,intacto. Eles o jogaram fora, não darão valor, mais ás águas desse rio Sena irão percorrer todo esse país, passarão por Paris, o coração desse seu mundo, e lhe levarão com sorte ao mar, aonde ninguém poderá o desprezar. Essa será sua vitória: Nada te resta de você, mas você realizará esse milagre, mesmo destruída. Porque o seu amor é mais forte que os homens, mais forte que essas dores, que as chamas. Você será o cisne do amanhã que voará mais alto que essas labaredas que consumiram John Huss, o pato alemão que foi assado. A phoenix grega ou Benu egípcia que renasce dessas fogueiras. Serás santa como foi João Batista. Serás uma epístola de São Paulo aos Coríntios, antes da decapitação. Um soneto dos Lusíadas antes do fim da viagem as Índias. Serás divina como foi Cristo, e seu sagrado coração em chamas. Serás cravejadas de setas como São Sebastião, e serás tão bonita como Maria Madalena, que por amor abandonou o mundo, por um homem carpinteiro.
E como Maria, mãe do menino Deus, que veste um manto azul lá de cima...
...Vamos descobrir o mundo juntos baby,ahhhhhhhh, quero aprender!Com teu pequeno, grande coração...Meu amor,meu amor...
Vem comigo, insanamente, meus olhos negros, vermelhos, de qualquer cor, pega na  minha mão de novo. Dessa vez, não irei soltar, te prometo. Venha flutuar: E quando estiveres pronta meu amor, para descobrir esse mundo, vista um vestido bonito de renda, que deixe suas pernas e seus sonhos, como seus cabelos negros, livres ao vento. Que eu prometo usar do meu beijo em sua face ou de seu lábio, para enxugar cada sal que se derrama nos olhos negros, para salgar até a hipertensão me matar, o coração. Eu quero contigo aprender, com teu pequeno, grande coração, esse sentimento de criança que insistimos tanto em guardar, e dar seu nome, meu amor, meu amor. Como num 1º de Julho para Cássia Eller feito por Renato Russo. Antes de toda essa beleza morrer, vou carregar teu amor comigo,na forma desse rio Sena que levará seu coração ao um porto seguro. Seguro como esse verbo: Amor cujo nome se chama Anne.
Prológo: 1º de Julho , música de Rentao Russo em homenagem a sua amiga Cássia Eller.



1º De Julho 
De  Renato Russo e Cássia Eller

Eu vejo que aprendi
O quanto te ensinei
E nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez

O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que eu guardei prá ti
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim

Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues
Não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração

Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso

Vale mais o coração
Ninguém sabia, ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
Baby, baby, baby, baby

O que fazes por sonhar
É o mundo que virá pra ti e para mim
Vamos descobrir o mundo juntos baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor. 


Inspirado em Anne: http://chocolataupiment.blogspot.com/2010/11/anne.html
Te Amo, minha rosa selvagem!
Meu amor,meu amor...minha Anne,minha Anne.


Diego Costa




Obrigada Bruno

E os agradecimentos são todos do Bruno.
Sim, ao Bruno que chegou em minha morada naquela noite de chuva intensa e fria.

Ao Bruno que me abraçou e me protegeu do frio.
Ao Bruno que zelou meu sono.
Ao Bruno que por vezes viu o dia nascer ao meu lado.
Ao Bruno que nunca foi embora.
Ao Bruno que sempre segurou firme a minha mão.
Ao Bruno que me disse: Chore, chore toda a sua dor, eu não me importo, apenas chore.
Ao Bruno que me disse: Vai ser difícil, mas temos que continuar seguindo.
Ao Bruno que me disse: Eu adoro o teu olhar.
Ao Bruno que me disse: Eu sinto falta do teu sorriso.
Ao Bruno que me disse: Seu cabelo ficou feio desse jeito.
Ao Bruno que me disse: Menina, eu sinto tua falta.
Ao Bruno que me disse que sempre estaria aqui e cumpriu o prometido.
Ao Bruno que me abraçou quando aquele amigo amado me virou as costas.
Ao Bruno que me fez rir quando a febre era forte.
Ao Bruno que me olhou e me viu.
Ao Bruno que me amou.
Ao Bruno que não me julgou.
Ao Bruno que me encantou.
Ao Bruno que cantou aquela música de amor quando o coração mais apertava.
Ao Bruno que apareceu do nada e fez o coração bater outra vez.
Ao Bruno que me fez derramar mares de lágrimas.
Ao Bruno que me fez gritar de tanta saudade.
Ao Bruno que nunca voltará.
Ao Bruno que nunca irá.
Ao Bruno que mora em mim.
Ao Bruno que me esqueceu.
Ao Bruno que está ao meu lado.
Ao Bruno que se apaixonou por mim.
Ao Bruno por quem me apaixonei.
Ao Bruno que revi.
Ao Bruno que canta todas as noites e madrugadas.
Ao Bruno que me escreve.
Ao Bruno que me ler.
Ao Bruno que foi minha força.
Ao Bruno que foi minha fraqueza.
Ao Bruno que foi minha doença.
Ao Bruno que foi minha cura.

Agradeço ao Bruno por ter estado aqui. Por ter acreditado.Por ter me acompanhado. Por ter me feito rir e sorrir. Por ter se importado. Por ter me visto e me amado.

Agradeço ao Bruno que tem um pouco de Júnior, de Ismael, de Anderson, de Mariana, de Jaque, de Roneres, de Daniele, de Jorge, de Tuty, de Ítala, de Queila, de Mônica, de Mari, de Ícaro, de Jack, de Guilherme, de Mell, de Th, de Diego, de Uilton, de Yan, de Frida, de Lolita, de Sílvio, de Breno [ainda é com dor que escrevo esse nome] e ao Bruno que tem muito de Edson.

Agradeço ao Bruno que é toda a minha família.

Agradeço ao Bruno que foi todo esse ano. Ano que mudou toda a rota da minha vida. Ano que feriu. Ano que marcou. Ano que choveu. Ano que me tornou uma pessoa doente. Ano que me fez seguir uma outra trilha que ainda não sei até onde vai me levar.

Agradeço a Bruno com uma canção:

"Minha agressividade passiva pode ser devastadora
Eu sou assustada e desconfiada
E você nunca conheceu ninguém tão fechado
Quanto, às vezes, eu sou

Você enxerga tudo,
você enxerga cada detalhe
Você enxerga toda minha luz
E você ama minha escuridão
Você entende tudo
de que eu tenho vergonha
Não há nada com que você não se identifique
E você continua aqui

Continua aqui..."


Sim, agradeço a Deus.

Dayanne.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conselho

Por mais que eu tente, eu apenas não consigo entender por que você insiste em prender seu coração nesse lago tão pequeno, se você poderia navegar em imensos mares e oceanos.


PERMITA-SE.


Até quando você vai ficar se prendendo?
Para que toda essa privação?
Você sabe, não há racionalidade nenhum em não se permitir.
E você não se permite.
Nunca se permitiu.
Você sabe, uma hora terás que mergulhar de cabeça.
Precisa perder o medo.
O tempo está acabando.


PERMITA-SE.



Bjus, minha pequena.


De seu Bruno.

Apenas mais uma escrita medíocre

É, o que tanto temia aconteceu!
Isso aqui tornou-se qualquer coisa sem importância, sem sentido e sem sentimento.
Tornou-se qualquer coisa vaga e medíocre demais.
As palavras tornaram-se frias e vazias.
Já não representam, não expressam e não significam nada.
Perdeu-se o sentido.
Perdeu-se os sentimentos.
Perdeu-se a razão.


O 'pior' é saber que ando sentindo...
Hoje Ólafur veio conversar comigo.
Passou toda a manhã a sussurrar coisas em meu ouvido.
Foi bom perceber que ele voltou.
Mas foi perturbador não conseguir entender o que ele tanto gritava em mim.
Foi desesperador ouvir e não entender.
Hoje ele falou-me em uma outra língua e eu não consegui decifrar aqueles sons.
Pareceu-me um tanto angustiado.
Um pouco louco.
Com muita coisa a me dizer.
Mas eu não entendi.
E isso enlouqueceu-me.


Outra coisa que também me enlouquece é ver que
Escrevo uma imensidão de páginas e o infinito das palavras, 
Mas não me encontro, não me vejo nem me sinto em nenhuma delas.
Só vejo letras vazias.
Vejo vírgulas e pontos que não me dizem nada.


Nunca escrevi poema.
Nunca escrevi prosa.
Nunca escrevi versos.
Apenas soltava o que havia em mim.
As palavras iam surgindo.
Os sentimentos tomando formas.
Me via, me reconhecia, me aliviava...


Mas tudo se foi.
Ficou apenas o vazio das letras.
O gelo dos versos e frases que já não me pintam.


Isso me fere.


Escrevo a eternidade e depois jogo tudo fora.
Escrevo, leio e vejo um estranho.
Um nada.
Jogo fora esse estranho que vem habitando em minha escrita
E continuo a escrever na ânsia de achar algum resquício de mim em uma palavra, letra, vírgula ou ponto qualquer.
Qualquer coisa que seja,
O mínimo.


Escrevo porque preciso aliviar minha loucura, 
Mesmo que as palavras tenham me abandonado
Eu escrevo.


Escrevo porque só o que me resta é escrever.
Escrevo e odeio tudo que sai de mim.


E continuo a escrever...


Escrevo com frieza e indiferença.
Escrevo com a 'razão'.
Escrevo com a perturbação.
Escrevo o abandono da minha escrita.
Escrevo o real e o imaginário.
Escrevo e jogo fora.


Sinto um misto de calma e ansiedade.
Qualquer coisa ainda não sentida.
Não sei o que sinto e a escrita já não me ajuda a descobrir o que é.
Uma doença jamais vivida.
Um novo vírus que me invade, me consome.
Uma nova morte.


... E o novo ainda me assusta.


Ah...
Tenho sentido tudo esses dias.
Tenho sentido o mundo.
Tenho sentido aquela coisa sem gosto.
Aquela coisa sem definição.
Sinto, escrevo e não me vejo.


Já deu, essas palavras não são EU.
São apenas palavras.
No máximo, representam minha decadência.
O lixo.
O nada.


Continuo escrevendo.


Me perdi.


Preciso me achar.
Preciso me ver.
Preciso me ler.


As luzes se apagaram e as palavras...
Ah... As palavras,
Elas me abandonaram...


E eu ainda continuo escrevendo.


Estou tossindo.
Estou sangrando.
As chuvas de inverno me adoecem.
A febre me consome
E tudo foi embora.


Anne.

Qualquer coisa sem importância...

Ontem decidi o 'futuro', chutei as incertezas e optei por não arriscar, não seguir, não querer [leia-se: negar, esconder todo o meu querer].
É, é isso aí, eu abri mão mais uma vez.
Triste não?
Pode ser, mas minha racionalidade e consciência das minhas dificuldades emocionais não me permite simplesmente IR...
Okay, eu já tenho me perturbado muito, sei que não vai ter volta, sei que todos arriscam, que sempre há a possibilidade do fracasso, sei que é assim com todos e comigo não será diferente, sim, eu sei de tudo isso.
Mas eu não consigo seguir sem ter 'certeza'.
A possibilidade do fracasso me assusta.
Eu já conheço o fim do filme.
O fim é sempre o mesmo.
Eu não quero esse fim.
E para não chegar ao fim eu simplesmente nem começo.
Sim, eu sou uma medrosa, uma fracassada, a maior delas.
Eu desisti mais uma vez.
É triste, sim, muito triste.
Mas isso é o que sou.


Dayanne.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

?



Eu sei que já é um pouco tarde, mas mudaria alguma coisa se eu confessasse que sinto sua falta?!


Anne.

Agora...


Depois de  mais um ano sem os remédios, cá me encontro.
Sem a lágrima, sem o riso.
Sem dor, sem o prazer.
Sem a tristeza, sem a alegria.
Sem o açúcar, sem o sal.
Nem preto, nem branco.
Apenas cinza...
Apenas vazio...
Apenas nada.
É isso Bruno?
É isso que as pessoas chamam de bem estar?
Isso é a paz, o sossego?
É isso que todos buscam?
É por isso que tanto lutei, tanto clamei?
Oh céus, esse vazio me consome.
Nem doce, nem salgado, tudo insosso, tudo morno, tudo mediano demais.
Já não me lembro da feiúra das coisas, menos ainda da beleza.
É isso que chamam de normalidade?
Ah, quanta falta eu sinto da minha perturbação e loucura.
Doía, sim, doía muito, mas ao menos eu sentia, eu ouvia, eu via... Eu sorria.
Agora que encontrei o ‘sossego’, a ‘tranqüilidade’, a ‘paz’...
Agora que deixei de lado aquele turbilhão de sentimentos e sensações.
Agora que já não sofro que já não choro.
Agora que toda a perturbação foi embora, que consegui fazer com que a razão reinasse sobre toda a minha loucura, eu ainda não me sinto BEM.
Ainda não me sinto cheia de alegria.
Não sinto desanimo como em outrora, mas também não sinto vontade.
Sabe aquela vontade que te faz voar e mergulhar nas canções e imagens.
Não, não as sinto.
As imagens tornaram-se invisíveis e os sons calaram-se.
Sem mais diálogos, eu já não os sinto, já não os escuto, já não os vejo.
Disseram-me adeus e então eu levantei e fui à aula.
E minha vida tornou-se uma rotina enfadonha e sem cor.

Anne.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Mais uma leitura

Traduz todo o sentimento de hoje à tarde:



DOA

E depois de ver aquele filme, escutar aquela narração sem-fim, você partiu em mil pedacinhos e ficou lá, como quem não pudesse mais, urrando naquela dor turbulenta.

É, você já sabia que seria dessa forma, o fim era premeditado e foi cumprido. Você insistiu e se deu mal.

Agora aguenta. Sofra. Morra mais uma vez, você parece gostar. Talvez isso te faça bem. Está doendo, eu sei,  e vai doer de novo. 

Vai doer a vida inteira.
E foi você que escolheu.

A vida inteira.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Saudade

Hoje a saudade bateu a porta, mas não atendi.
Esforcei-me e consegui não abrir a porta para essa bandida que só me rouba os pensamentos, as palavras, o tempo, as lágrimas... Resisti e não abri a porta.
E ela ficou ali insistindo e ainda assim, não a recebi em minha morada.
Mas por um rápido descuido, ela sorrateiramente pulou a janela adentro.

Agora cá me encontro...
Nessa chuva miúda,
Ouvindo as canções,
Pensando em ti.
Sorrindo ao lembrar tuas palavras.
Chorando ao notar tua ausência.
Enlouquecendo ao pensar na possibilidade de que tu também me esqueças.

Você sabe, eu não lutaria para que isso não ocorresse, mas me doeria tanto a tua falta.
E eu olho para o lado e vejo as coisas se desfazendo.
Levaram-me os sonhos...
Eu sinto sua falta.
Onde está você nessa noite em que o céu chora em silêncio?

Hoje as canções têm o teu nome.
Hoje as imagens têm o teu nome.
Hoje as minhas mãos insistiram em só escrever o teu nome.
Hoje os pensamentos são teus.
Hoje as palavras são tuas.
E esse momento tornou-se teu, apenas teu.
Meu bem.

Anne.
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Texto redigido na segunda a noite.
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu me importo sim, porra!


Tanta coisa para dizer. Tantos sentimentos. Mas as palavras não saem. O choro fica engasgado na garganta e eu me torno a bruxa feia da estória mais uma vez. A sem sentimentos. A fria. A indiferente. A cruel...Sempre a cruel. E eu me sinto tão cansada. Ninguém viu, ninguém nunca vê, mas eu chorei a falta de todos. Sofri a falta que todos me causaram. E de repente o mundo cor de rosa sumiu e passei a ver tudo no preto e branco. Fiquei confusa, mas não demonstrei. Eu jurei não demonstrar fraqueza. E todos que disseram me conhecerem bem, que disseram me enxergar, não puderam ver em meus olhos a tristeza que a falta deles me causava... De repente eu vi todos se afastando. Sou um ser tão ruim assim? Sou tão cruel e desprezível a ponto de ninguém suportar está perto? Ah, quisera eu nem ter me habituado a multidão. Antes eu era tão só e estava bem. Mas eles chegaram, fizeram festa, eu me habituei a festa e a presença de cada um. Então a festa começou a ficar sem graça e todos partiram. E eu sinto falta da festa... E eu sei que sou extremamente chata, que não valho muito esforço, mas eu queria que todos soubessem que eu entendo-os, entendo-os eu não os culpo, e é por entender que não faço nada para provar o contrário, só quero que fiquem bem, e também seria bom se soubessem que eu me importo, mesmo não parecendo, eu me importo, sempre me importei.

Anne.

Mais uma leitura

 Achei lindo e me fez lembrar do passado:


"Eu te quero todos os dias... Quero te chamar de meu. Quero que seja meu....Meu mas sem a posse que suja todas as relações. O meu que posso amar, que posso cuidar, adorar...
Ah meu bem, tenho tanto amor para te dar. Tanto amor que estou guardando aqui dentro e só acho que você possa merecer...
De que me adianta amar se tudo o que sinto tem que ficar aqui?
'Em ti eu consigo encontrar
Um caminho, um motivo, um lugar
Pra eu poder repousar meu amor
...'
Deixa eu te encontrar para dar tudo aquilo que é só seu... Pois você conquistou tudo..."

    Ao som de música desconhecida de um cantor desconhecido, li esses sentimentos e lembrei do passado... Sinto sono, vou deitar.



Previsão do tempo: Nublado com possibilidade de fortes pancadas de chuva

Sono. Sono é só o que sinto.
Sono e vazio.
Sono e falta.
Sono e carência.
Cansaço.
Cansaço e sono.
Tenho me mantido firme.
Não tenho dormido durante os dias.
Tento dormir cedo e acordar mais cedo ainda.
O sono só aumenta.
E com ele essa estranha sensação de nada.
Essa coisa que nem sei ao certo o que é.
É como se não sentisse nada.
Algo que me impedi de sentir.
Mas sinto, sinto essa coisa estranha.
Fico pensando sobre isso e tenho medo.
Tudo indica que está vindo mais uma crise.
Estou me esforçando para ficar em pé.
Mas tenho muito medo de que possa acontecer mais um novo temporal.
Acho que ainda não me recuperei totalmente do último que passou por aqui.
Estou seguindo, indo em frente, mas as vezes olho ao redor e ainda vejo algumas coisas bem quebradas.
Algumas coisas que ainda precisam de reparo.
E é preciso de tempo para tantos reparos.
Algumas coisas estão sem consertos.
Terei que jogar fora.
Mas agora o que me amedronta é a possibilidade de um novo temporal nos próximos dias.
A previsão indica que ele chegará em breve.
Que traz ventos bem fortes e que se eu não me proteger bem, causará grandes estragos.
Não sei se terei o tempo que preciso para me consertar e me proteger dos fortes ventos que ameaçam chegar em breve.
Quanto temor.
Quanto temor...


Anne.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Conversa


Vazio. Solidão. Solidão. Vazio. Incertezas. Falta. Saudade.
Saudade de que, Anne?
De nada. De tudo. Dele. De mim... Eu tenho medo Bruno.
Medo de que, Anne?
De ficar só. De ser esquecida. De sentir. De gostar de novo... Mas eu preciso tanto Bruno.
Precisa tanto do que, Anne?
Preciso gostar de alguém. Preciso que alguém goste de mim. Preciso me sentir querida outra vez... Você sabe, está difícil de seguir assim sozinha.
E você está sozinha, menina?
Sim, estou sozinha. Bastante sozinha... E hoje... Ah a noite...Hoje a noite...
O que você sente hoje a noite?
Sinto nada. Sinto O nada. Vazio. Solidão. Solidão. Vazio. Incertezas. Falta. Saudade...



Bruno - Anne