Love, love look what you’ve done to my heart…

sábado, 25 de setembro de 2010

Sábado.

Sede!
Sim, sede da vida.
Hoje, agora. Sinto uma imensa sede das coisas boa da vida.
Das coisas que me fazem sorrir idiotamente para o nada.
Das coisas que me fazem pensar e falar besteiras.
Rir de besteiras.
Gostar de besteiras.
É, sinto falta dos amigos.



            É sábado, e como todo sábado, está tudo bem calmo e chato.
            Está quente, abafado...
            O vento quente do ventilador empoeirado joga minhas madeixas sob o rosto.
            Sinto música.
            Sinto Nazareth, sinto Guilty.

            “Sim beibe, eu estive bebendo...
            E eu tenho um pouco de Uísque, uma garrafa
Eu tenho um pouco de cocaína, de um amigo...”

            Sinto fome.
            A minha língua está machucada e mal consegui comer o macarrão com gosto de carne [miojo], que tanto odeio.
            Tenho preguiça.
            O dia está exacerbadamente chato e não tenho coragem de fazer nada para mudar isso.
            Não sei,
            Ficar assim,
Nesse estado,
Nesses dias chatos,
É sempre tão mais confortável.
Traz-me paz, eu acho.
Ou apenas sinto preguiça de mudar as coisas e uso a ‘paz’ como desculpa.
Sério, eu realmente não sei.
Mas assim está bom.
Então que seja...

Ficar assim, nesses dias assim, me deixa extremamente vulnerável.
Apesar da imensa preguiça que sinto em relação às pessoas, nesses dias assim, tudo me afeta.
É claro que a grande maioria das coisas e das pessoas não faz diferença nenhuma, ou melhor, até fazem. Elas me deixam ainda mais cansada.
Mas não posso negar que há àquelas que pelo simples fato de respirar, mudam completamente a rota da minha existência nada interessante.
Família, apesar de me adoecer, não saberia mais como viver sem ela, já faz parte, não há como negar.
Música.
A razão.
O motivo.
A essência.
O sentimento
A magia.
O ar...


Agora sinto Love Hurts, hahaha
Isso dá para imaginar o trapo que estou hoje. ^^
Por um certo tempo, não consigo mais pensar/escrever, fico paralisada apenas sentindo aquela música.
Sorrindo de olhos fechados.
Sentada tendo a sensação de está flutuando.
Quase sempre, quando ouço essa música, sinto tristeza, vazio, lágrimas, abandono e as velhas recordações me perseguem: O amor é apenas uma mentira criada para te deixar triste.”
Mas hoje, agora, é diferente, fico sorrindo para o nada. Sinto paz, calma...
É, isso é bom.



“O amor machuca,
O amor deixa cicatrizes,
O amor fere e prejudica
...
O amor é como uma nuvem,
Contém muita chuva,
O amor machuca. ”


Sinto falta dos risos e gargalhadas que sempre dava na época que tinha meu Amor, meu Amigo, meu Cúmplice.
Meu outro lado.
Meu feio.
Meu belo.
Meu odiado mais que amado.
Meu querido...
Minha canção.

Já são sete meses e seis dias que o perdi.
É, eu ainda conto os dias, é algo involuntário.
É mais forte, não há como evitar.

Quando me lembro de tudo.
De todas as lágrimas derramadas ao longo desses dias.
Toda a dor.
É, “o amor machuca”.
Não sei se é mentira.
Mas sei que é.
É algo inexplicável.
Que foge de todas as explicações do mundo.
Algo que não é entendido, mas é sentido.
Eu senti, ou sinto.
Não sei ao certo.

Só sei que depois desses dias.
Depois das lágrimas.
Da tristeza.
Do desespero.
Depois...

Eu ainda continuo a andar por aí.
A sonhar.
A querer.
A sentir.
A sorrir.

Ainda choro, e sei que vou chorar sempre.
Mas sorriu, existo, e o mais importante, vivo.

Perdi um Amigo muito querido.
O mais querido que já houve.

Ganhei Amigos.
A Mari. O Tutor. A Karol. O Breno. A Renatinha. O Alessandro.

Conheci pessoas adoráveis.
Outras nem tanto.
Algumas bem engraçadas.
Outras extremamente chatas.
Algumas falsas.
Outras sinceras até demais.

Fiquei doente.
Bem doente.
Parei com os remédios.
Tive crises.
Chorei.
Não consegui chorar.
Fiquei deitada.
Experimentei coisas novas.
Parei com algumas.
Outras fiquei viciada.


Perdi músicas que marcaram minha existência.
Ganhei outras milhares.


A tarde está chegando ao fim.
Logo mais irei ao banho.
Por enquanto, apenas continuo sentindo as canções.

Sinto falta dos meus.
Preciso de abraços.
Preciso de beijos.
Preciso me sentir querida.
Preciso ter aquelas incríveis conversas que não posso ter com mais ninguém, além deles.

Oi?
Oi!
Tudo bem?
Tudo certo, e vc?
Bem tbm.
Novidades?
Nenhuma, e vc?
Tbm não.
Estou cansada.
Eu tbm, o dia foi corrido.
...
Preciso ir, boa noite e durma bem.
Vc tbm, meu bem.

            Eu gosto dessas conversas!
            São comuns.
            Simples.
            Sinceras.


            É sábado, e como todo sábado, está tudo bem calmo e chato.
            Estou cansada e tenho preguiça.
            É fim de tarde de um sábado, e como todo fim de tarde de sábado, está ensolarado.
            Ensolarado e bonito.
            Eu gosto!

            Sede...          



Talvez um dia esse coração vagabundo que trago no peito, pare de sangrar.
Talvez.
Enquanto isso, fico por aqui, com os sábados e domingos entediantes, sentindo as canções.
Sentindo calor.
E durante as noites e madrugadas, darei risadas com os meus.
Tomarei vinho e fumarei o cigarro.
Fecharei os olhos e sentirei o vento quente bagunçar o cabelo.







Por que você decidiu
Matar o amor que me mantém vivo. ”




É sábado, e como todo sábado, está tudo bem calmo e chato...