Love, love look what you’ve done to my heart…

terça-feira, 27 de julho de 2010

Carta para Bruno II

Bruno,

Primeiro quero que saiba que sinto falta, muita falta... E peço desculpa se sumi, não penses que me esqueci de ti, apenas não tinha inspiração alguma para escrever, e quando tinha não podia.
Estou anestesiada, todos esses dias, as férias, as doenças, os remédios, o ar... Tudo me adoece.
Sei que pareço confusa, e realmente estou. E se não consigo escrever o que realmente sinto agora, é pq ainda não pude entender o que é esse sentimento, ou esses sentimentos [eu já não sei mais do que se trata].
Escrevo-te com a pouca força que me resta nessa noite de terça-feira, a semana acaba de começar e eu já estou morrendo...
Estou ouvindo Joplin, é impressionante como ela é linda. É dona de uma voz que me entorpece, me alivia e me sufoca.
Sinto uma certa dificuldade em respirar, tudo está tão mais pesado hoje. Meus braços já não têm muita força e é com grande esforço que te escrevo essas palavras confusas, frases soltas, repletas de indecisões, medo, angústia e liberdade.

Isso tudo me é muito confuso, me sinto mal, mas percebo que gosto muito de me encontrar nesse estado. É tão belo. Tenho a sensação de que não  estou dentro de mim, e é apenas nesses momentos que sinto verdadeiramente, sinto tudo.

Sinto a música de Joplin, sinto a água. Sim, eu sinto.

Queria não está me sentindo assim, pq sei no que isso vai dá [uma crise] sei que vou sair correndo atrás dos remédios. Mas não posso negar, isso está sendo bom.

Anestesiada é como estou. 
Isso é algo bom de sentir. 
Vou aproveitar o momento.

Sinto vontade de apenas deitar no chão e olhar as estrelas, ou o nada, apenas deitar e olhar, mas não quero  olhar as coisas, quero olhar através das coisas, quero senti-las como são na sua essência... Já desejou algo assim, Bruno? 
É como se eu estivesse flutuando, apesar de está quase caindo da cadeira e de sentir um peso imenso nos meus braços e ombros. 
De repente sou mais leve do que uma pena. Sou levada pelas oscilações que a tua respiração faz no ar. Brinco com os fios de cabelo. Ainda sentada na cadeira, fecho os olhos e danço com a parte superior do corpo. Sinto vento, sinto as flores. E essa voz me droga... Minha nóia.

Não consigo escrever mais nada, apesar de sentir uma vontade imensa de dividir minhas sensações contigo.
Só saiba que é bom e ruim. Me sinto cheia demais, prestes a explodir mas também sou tão vazia, tão cheia de nada. Sim, é isso. Estou cheia de um vazio interminável...

Sabe Bruno, sei que estou sendo muito egoísta, mas não tenho culpa se nasci humana, peço desculpas por tamanho egoísmo, por estar sempre falando dos meus problemas, dos meus sentimentos, mas é que você é o único com quem consigo falar.


Prometo que qualquer dia apareço de malas feitas na tua casa, te roubo e então sairemos juntos por aí, pelo vento, e pediremos caronas nas beiras de estradas, dormirei sobre teu peito, cantaremos, falaremos de tudo, mesmo quando houve apenas olhares... 

Ai garoto, ainda não percebeu o bem que me faz?  És a coisa mais linda que conheço. E sim, e por pertencer a essa espécie tão comum e medíocre é que não te dividirei com ninguém. Não dividirei sequer um sorriso teu. Tenho medo de te perder como já perdi alguém... Você é o meu tesouro secreto, te levo no mais íntimo do meu coração.

É minha maior droga... 

"And I've been loving you babe.
In my brain, oh I can see your face again"

Bjus de quem te sente em cada respiração.




Anne.

domingo, 18 de julho de 2010

Carta para Jaque


Mais uma vez estou aqui. Dessa vez vim agradecer por mais de um ano de amizade. Mas acho que o que realmente importa não é o tempo, e sim saber que ela é verdadeira. Sabe, durante todo esse tempo aconteceram tantas coisas comigo, tantas coisas contigo. Tantas mudanças, principalmente em mim. Mas sabe, apesar de você não querer admitir, você também mudou...
Mas nem mesmo o tempo, a falta de assunto [isso aconteceu algumas vezes], meus problemas, à distância, e nossas mudanças foram capazes de atingir esse sentimento tão puro e bonito que sentimos uma pela outra.
Certa vez, li em algum lugar que a única maneira de ter um amigo é sendo um, e isso foi algo que aprendi contigo.
Foram tantas as besteiras que falamos [:)].
No decorrer desse tempo rimos juntas e choramos juntas e pensamos juntas e cantamos juntas e falamos sério juntas e ficamos tristes juntas.
Com você o: eu te amo; não foi da boca pra fora. Você bem sabe que sempre fui eu que falei menos, que demonstrei menos, mas espero que saiba que todos os: eu te amo; foram verdadeiros.
Lembro de todos os momentos difíceis que passei nesse tempo, e lembro também que você sempre esteve ao meu lado, mesmo quando eu evitei...
Lembro da emoção que foi receber uma carta sua. Lembro de você e o Very cantando na webcam. Lembro que chorei todas às vezes.
Lembro que quando precisei tomar remédios, o seu sorriso foi o melhor deles.
Lembro da sua voz, do seu sotaque, do seu sorriso, eu lembro...
E hoje quando paro para pensar em tudo que vivemos juntas nesse tempo, lembro que você sempre foi tão sincera, tão amiga, tão boa... Foi e é meu melhor remédio.
E hoje, venho renovar meus votos de amizade verdadeira. Saiba que mesmo quando eu estiver distante, sempre estarei pensando em você. Ainda irei te abraçar bem forte, minha pequena.
Só peço que não cresças tão rápido, isso aconteceu comigo, e descobri que ser gente grande significa sofrer.
Em uma das minhas conversas com o Júnior, descobri o motivo de gostar tanto de você em tão pouco tempo mesmo estando distante. Você representa tudo aquilo que já fui um dia, tudo aquilo que inúmeras das vezes tentei voltar a ser e fracassei. Tudo aquilo que acho lindo, puro. Já falei outras vezes e repito: sua simplicidade e bondade é algo que me cativa.

E eu poderia escrever milhares de páginas, mas isso ainda não representaria a nossa amizade.

Uma vez já tive meu melhor amigo de ouro, e perdi.
E agora declaro: você é minha melhor amiga de ouro e não quero perder nunca.

Porque assim como ele, nothing compares to you [nada se compara a você].

Abraço apertado de alguém que só te deseja o bem.


Anne.

P.s.: Obrigada por me aturar durante tanto tempo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carta para Bruno

          Sabe Bruno,
         Não sei se já comentei contigo a respeito dos anti-depressivos, mas a verdade é que isso é algo que preciso tratar contigo urgentemente.
Essa semana, tão complicada, tão dolorosa, tão cheia de supresas...

        São tantas as coisas que preciso que você saiba, mas são tantas que agora não tenho tempo nem disposição para lhe contar.
        A briga com o primo, os anti-depressivos, a fisioterapia, os trabalhos, a volta a faculdade, que está cada vez mais próxima, o cansaço, a família.
       Às vezes chego a pensar que ficar em casa me estraga a saúde, não só a física, mas principalmente aquela que diz respeito ao psiquico-emocional.(nem sei se isso existe mesmo, e se é assim o termo correto, mas você deve ter entendido o que quis dizer)
       Enfim, vim apenas deixar um OI e pedir que não esqueças de mim, não sei se suportaria mais uma perda. Afinal, já foram tantas né? E elas insitem em ficar cada vez mais comuns,.
       E pensar nisso me assusta, sinceramente.
      Abraços de alguém que anseia por teu colo e carinho.
      Bjus sempre,

                                                                                                                                         AnNe

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Carta; em 4 de abril de 2010

Sabe, hj eu realmente acordei sentindo falta tua.
Quando vi que tinha me excluido do orkut eu não liguei, tive meio que uma decepção, sei lá, apesar de saber que vc não entendeu nada do que fiz e criou sua próprias teorias ao invéz de conversar comigo e me deixar explicar tudo, o fato de ter me deixado lá no orkut fazia com que eu acreditasse que sei lá, vc poderia ter entendido, e com a exclusão eu vi que não.
Mas não fiquei abalada com isso, não naquele momento. E depois me senti bem em ter percebido que a exclusão não me afetou.

Mas agora, agora que estou só na frente do pc, tentando fazer a mente funcionar e começar/terminar um trabalho para essa semana, agora que estou cheia de livros e textos para as provas, e agora que não consigo fazer nada...sinto uma falta tremenda de ti. Mas mesmo assim, ainda não vejo pq pedir desculpas, posso pedir pela forma que as coisas aconteceram, mas a verdade é que tinha que acontecer de um jeito ou de outro, não dava mais de evitar.
Sinto pela exclusão pq foi justamente em um momento em que eu acreditava que estava evoluindo, a cada dia corrido, sem tempo nem para o Orkut e MSN, estava superando tudo que sentia e todas as confusões na minha cabeça, e acreditava utopicamente que estava chegando o momento em que eu iria chegar e dizer a vc: É, agora sim posso ser sua amiga, verdadeiramente amiga e nada mais. Mas vc não esperou e não entendeu, ou não quis entender, claro, isso é um direito seu.
Sinto tua falta, mas ficar longe está me fazendo bem. Apesar de tbm está prejudicando a minha amizade com a Jaque e outras pessoas do MSN.
Hj só sofro pq agora sei mais do que nunca que não tem volta.
E tbm digo que talvez haja alguns momentos em que eu fique assim, estranha de novo, e tente te incomodar, então talvez seja melhor vc me excluir  do MSN. Até já pensei em fazer isso, mas não tenho coragem, assim como no chat tbm. Então se quiser que eu suma do chat tbm, me exclua, pq eu mesmo não farei isso.

Sabe, a paixão morreu, mas o carinho sincero que sempre senti por ti, não. Agora vc será como as minhas amigas do colégio. Vou sentir uma saudade imensa, mas terei a certeza que nada vai ser como antes e que é passado, só posso lembrar. E mesmo que nunca voltemos a nos falar, ainda o terei como amigo. Pq acho que essas coisas não morrem...


Dias normais e noites chuvosas, é o que desejo.

Abraço meu.


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Carta/e-mail enviada à um amigo.Sim, aquele que um dia foi o meu grande amigo.


Estava dando uma olhada no meu e-mail e encontrei esse entre os enviados. Li, reli, pensei, lembrei. Lembrei de quando éramos amigos, das estórias e histórias, das risadas, das brigas, intrigas, das simples conversas dos: Oi?Tudo bem?Como foi seu dia?Ah, eu estou bem também.
Isso tudo era tão bom.
Não importava se durante os dias eu não vivia [nessa época, assim como hoje, eu apenas existia]; as noites e madrugadas compensavam.
Dividir a minha nada emocionante vida com ele, me fazia bem, me acalmava a alma.


Agora tudo se foi. Só restam as lembranças, boas lembranças.


Não há volta, e eu ainda choro. 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Lembranças [II]

 "As Black's"; 5º Feliz Metal - 2008


Fomos tanto...
   

O que sinto por elas é de graça.
 

domingo, 4 de julho de 2010

Joana



Agia como se ainda não acreditasse, como alguém que ainda vive um conto de fadas. Acordava todos os dias, certa de que ele voltaria. De que traria de volta todo o seu amor, que a pegaria pelos braços lhe beijaria a face e contar-lhe-ia de toda saudade que sentira, de como também havia sido difícil passar todo esse tempo longe de seus cuidados, de sua preocupação, de seu amor.
Aos outros, mostrava felicidade, alegria, dizia sempre que aquilo já não lhe afetava mais, que era forte, superior a tudo aquilo. Repetia isso inúmeras vezes durante o banho. Mas não tinha jeito, não podia evitar as lágrimas.
Enquanto a água fria caia sob si, pensava consigo mesma: - Como ele pode está fazendo isso comigo? Será que ele não percebe que o amo de verdade? E todas as vezes que lhe falei de meu amor, por que ele não acreditou? Será que ele não percebe que eu já estou no limite, que já sofri o suficiente? Como pôde chamar-me de mentirosa, falsa, jogadora, hipócrita? Oh, como pode comparar-me as outras...
E assim as lágrimas caiam cada vez mais, era involuntário.
E aquela frase que não lhe saia da cabeça: - Você é como as outras, na verdade, é pior porque finge ser diferente, mas no fundo é igual.
Isso a machucava.
Mas ao sair do banho sempre fingia acreditar que tudo aquilo se resolveria, que aquilo não era verdade, que ele não poderia pensar aqueles absurdos. Afinal, ela desarmou-se por completo quando o conheceu. Abdicou ao jogo. Foi sincera, pura, amiga. E todos os sacrifícios feitos, eles não contavam?
Com ele soube o que significa gostar de alguém, o que significa ter um amigo. Gostou pela primeira vez, e gostou de graça, foi um gostar gratuito sem pedir ou esperar nada em troca. Ela simplesmente não conseguia entender como podia ter acabado.
Pobre Joana, sempre soube que não seria para sempre, mas não conseguia esquecer a primeira vez que ele a fez chorar. Aquelas palavras lhe trouxeram alegria: - Você é a amiga de que eu preciso.
Mas ao lembrar-se disso, logo lhe vinha a memória o fim: - Você não é mais aquela pessoa que eu tanto gostei.
E isso lhe feria profundamente, sofria como jamais tivesse imaginado.
Apesar de cada dia alimentar uma nova esperança, de criar uma nova solução em sua cabeça, no fundo sabia, sabia que não teria volta. Estava condenada a está imensa tristeza e dor que lhe atingiu o peito no dia em que ele virou-lhe as costas.
E Joana chorava...


 AnNe

sábado, 3 de julho de 2010

Lembranças...



" E as grandes estrelas estão indo para o grandioso buraco negro"

Feeling Good


Piano ao fundo, pétalas vermelhas caindo sob mim, então logo flutuo no ar.
Penso. Não, não é isso. Sim, não penso!
Viajo, sim, viajo.
Sinto, é.
Tem um gosto extraordinariamente estranho, mas assim como tudo que me é estranho, muito me agrada.
Já no ar, pulos me deformam e ganho minha verdadeira forma.
Não consigo visualizá-la, me estico, me reviro, me toco, mas não adianta. Por mais que eu tente, não consigo.
Só, e somente só, sinto.
Sinto um vento com sabor de chocolate ao leite.
A ansiedade aumenta, tenho a sensação de que algo importante está prestes a acontecer.
A respiração cada vez mais ofegante, uma coragem medrosa me enche cada vez mais o peito.
Sinto tudo tão vermelho, um vermelho sangue. Sim, esse vermelho é tão intenso que chega a ter vida.
Com os olhos fechados sorriu, ah quanto prazer.
O som, as palavras, os ruídos me fazem sorrir sem deixar a vista os dentões que me preenchem a boca.
O peito aperta,
Um último gemido... mais demorado, mais intenso, chego a sentir todos os sentimentos nele contido.
Oh, que gemido!
Agora apenas um alívio toma conta de mim.
Não, não foi bom.
Bom ainda é pouco.
Foi pertubadoramente incrível.
Abro os olhos.
 Então a minha verdade se desfaz e volto a fazer parte da mentira do mundo real.





AnNe